um sinal dos tempos


Grécia 2008


A crise financeira que se iniciou nos Estados Unidos, rapidamente se tornou uma crise económica, política e social.
Hoje existem por toda a União Europeia mais de 18 milhões de desempregados (um número bastante elevado comparado com o ano passado), sendo plausível que este numero venha a estar desactualizado dentro de pouco tempo.
Os vários pacotes de estímulos às economias, que os governos europeus lançaram podem não ser suficientes para relançar essas mesmas economia, criando assim ainda mais desigualdades e medo em relação ao futuro.
A crise ainda vai no seu inicio e já se ouvem vozes de protesto pelos vários países europeus, como estaremos daqui a um ano?
ninguém sabe. A incerteza em relação ao futuro, bem como uma maior tendência para a poupança, podem trazer efeitos nefastos para a economia mundial, cujo impacto pode ser difícil de analisar.
Um exemplo claro do perigo que as tensões sociais podem provocar na estabilidade de um país , é o caso da Islândia, que devido a protestos de rua o governo foi substituído, um precedente neste país.
A Islândia não é caso único, países como a Rússia, a Letónia, a Grécia, Bulgária e Hungria, encontram se a braços com manifestações e acções de protesto pelo degradamento económico das populações.
Em jeito de alerta, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou que " É importante não acrescentar às dificuldades da situação outros problemas com origem na reacção à situação". Esta afirmação pode ser entendida como um aviso à recente situação na Inglaterra, em que trabalhadores ingleses protestaram contra a contratação de trabalhadores estrangeiros.
Estes são sinais preocupantes numa economia de mercado como a que pertencemos.Espero que os dirigentes políticos se apercebam do perigo para a segurança internacional de possíveis levantamentos populares.
É necessário ponderação e contenção na forma como se pode resolver esta questão.Não é com demagogia e puro aproveitamento eleitoral que se pode realmente ultrapassar um problema gravíssimo para a segurança de qualquer Estado.
Torna-se urgente que a UE actue a nível comunitário para minimizar qualquer efeito do desemprego a médio e longo prazo.
Os erros da década de 30 do século XX não se podem repetir.Certos políticos deveriam voltar a ler os manuais de história para entenderem os efeitos que o proteccionismo e o nacionalismo tiveram para o mundo.

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